"Na mocidade aprendemos, na velhice compreendemos!"

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Visita à USE

         A 16 de Fevereiro de 2011, pelas 7h20 da manhã, deslocámo-nos a Évora a fim de visitar a Universidade Sénior. Pelas 9h chegámos à instituição, onde fomos calorosamente recebidos. Pouco depois fomos convidados a assistir à aula de Oficina da Reportagem, leccionada pela coordenadora Elisa de Mira. Para nós, esta foi a aula mais enriquecedora, não só por ser a primeira, mas também por ser a que mais nos ensinou. De uma forma geral, nesta aula os alunos mostraram-se receptivos e carinhosos, partilhando connosco as suas histórias e sabedoria.
         Seguidamente, encontrámo-nos com a directora Maria de Jesus Florindo, para realizarmos uma entrevista gravada. Com esta entrevista ficámos a perceber o funcionamento e os objectivos da USE.´
Depois, perto das 10h, assistimos a mais uma aula, desta vez de Informática, com uma turma diferente. Pelo que entendemos, esta é uma das aulas com mais adesão, talvez pelo facto de os seniores se quererem actualizar e modernizar. Não assistimos a toda a aula, uma vez que só recolhemos alguns testemunhos gravados e fomos posteriormente assistir a um pouco da aula de Pintura, onde realizámos o mesmo processo. Esta aula apenas contava com uma turma de alunas, e em menor número que as anteriores.
        Terminámos a nossa visita perto das 12h15, com as despedidas na Secretaria da Universidade, deixando para trás uma manhã bastante ocupada (acompanhada de vários percalços meteorológicos), mas muito elucidativa e com um ambiente positivo e reconfortante.
          Para concluir, esta visita contribuiu para uma melhor percepção da diferença abismal entre os conceitos “idoso” e “sénior”. Neste caso, aplicou-se o conceito “sénior” uma vez que as pessoas se mostraram activas, alegres e cheias de vontade de viver, em contrapartida aos “idosos” que visitámos no Lar de Redondo, pessoas sós, tristes, conformadas… – numa palavra, acabadas.
      Moral da história: esta é uma boa forma de combater a solidão! 


OsNetosDoMundo
          

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Semana 11 - A bolacha ralada

      No dia 10 de Fevereiro pela manhã os NetosDoMundo saíram à rua a fim de aplicar os 40 inquéritos aos idosos (indivíduos com mais de 65 anos).
      Devido à escassez de tempo, não foram aplicados todos os inquéritos, mas verificámos que haviam bastantes idosos na rua pela parte da manhã. Estes revelaram-se dispostos a responder de imediato, mostrando na sua maioria dificuldades financeiras e solidão.
      De facto, foi uma experiência bastante agradável na medida em que pudémos conversar e contribuir para alegrar um pouco o seu dia.

P.S. Apelamos mais uma vez aos nossos leitores para que acompanhem regularmente os seus idosos para que não aconteçam tragédias como esta...

http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais/Idoso+morto+ha+10+dez+encontrado+em+casa+na+Amadora.htm 


P.S.2 Amanhã iremos realizar a tão esperada visita à Universidade Sénior. Desejem-nos sorte!

OsNetosDoMundo

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Parabéns, Ana Paula!

Porque este blogue é feito por nós,que tanto nos empenhamos na concepção deste projecto,aproveitamos para desejar os PARABÉNS e um feliz dia à nossa Ana Paula,que atinge hoje a maioridade. :)

São os votos dos restantes NetosDoMundo

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Semana 10- Visita ao Lar da Santa Casa da Misericórdia de Redondo


    A dois de Fevereiro de 2011, pelas nove horas da manhã, deslocámo-nos ao Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia de Redondo. Os nossos principais objectivos foram observar e compreender a realidade de um lar e interagir com os utentes de modo a combater a sua solidão e promover o convívio entre gerações.
   À chegada, fomos recebidos pela Dra. Rosário Leitão (gerente da parte técnica do Lar), à qual fomos introduzidos pela professora de Área de Projecto. Seguidamente, dirigimo-nos ao Gabinete da Provedoria para realizar a entrevista gravada à Dra..
   Depois seguimos até à marquise e à sala de estar onde estivemos a conviver com os idosos. A maioria dos utentes (sobretudo do género feminino) mostrou-se receptiva a conversar connosco, aparentando carência afectiva, talvez por alguns receberem poucas ou nenhumas visitas. Para além disso, muitos partilhavam da opinião de que o lar é uma escolha sem opção, quando lhes perguntámos se gostavam de lá viver.
   Às 10h da manhã chegaram as professoras de ginástica contratadas pela Câmara. Apesar das variadas maleitas da idade e da vida, a aula teve uma grande aderência. Esta foi feita na sala de estar e teve duração de trinta minutos. Os utentes encontravam-se sentados e faziam alguns movimentos articulares.

   Após esta aula, foi chegando um grupo de jovens Missionários de Lisboa que esteve na vila de Redondo durante uma semana, a fim de fazer um pouco de companhia aos mais idosos e de realizar uma actividade religiosa com eles (rezar o terço, realizar uma missa e cantar alguns temas religiosos). Esta actividade teve também bastante aderência por parte dos mais idosos, não só por estes serem crentes, mas possivelmente também por gostarem do convívio e interacção com os mais jovens. Nós assistimos também a esta actividade, criando nesse momento relações de entreajuda com os Missionários em relação aos idosos.
   Por volta do meio-dia, perto da hora de almoço dos utentes, despedimo-nos dos vários idosos que acompanhámos ao longo da manhã, num ambiente de ternura e compaixão.
   Esta actividade serviu-nos essencialmente para entendermos não só o funcionamento do lar e o grande trabalho dos que o permitem, mas também para entrarmos na realidade de um idoso dos dias de hoje: apesar da sua imensa sabedoria, muitos são "abandonados" em sítios destes quando começam a apresentar os males próprios da idade. Uns, porque não é possível às famílias cuidarem deles, devido à "falta de tempo crónica" da sociedade actual; outros, porque as suas famílias os tentam "despejar" para outro sítio quando começam a requerer mais atenção e cuidados. Como resultado, verificámos o elevado número de idosos que não recebem visitas, comparativamente àqueles que as recebem.
   Consideramos, então, que esta visita contribuiu para nos alertar e sensibilizar a nós enquanto humanos, ao mesmo tempo que combatemos um pouco a solidão. O nosso trabalho futuro será dar a conhecer esta realidade e alertar a sociedade em geral para este problema tão real. Como vimos nesta manhã, qualquer um pode ajudar e dar um bocadinho de si. Não dói, e todos juntos poderemos fazer muito!

OsNetosDoMundo